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1º encontro da Comunidade MCD em 2022 trata sobre criptodoações



Por Comunicação MCD



No início do mês de junho, o Movimento por uma Cultura de Doação realizou o primeiro encontro da Comunidade MCD de 2022. A atividade faz parte do calendário do Movimento e acontece quatro vezes ao ano, com intuito de promover a troca de experiências e criar capacidades e oportunidades para o campo da Cultura de Doação.


Nesta edição, o tema escolhido foi ‘Qual é o caminho das criptodoações?’. O convidado foi o empreendedor Ruy Fortini, fundador e CEO da Doare, plataforma de gerenciamento online de doações para organizações do terceiro setor.


Após uma abertura sobre o que são as criptomoedas – em resumo, trata-se de uma moeda totalmente digital sem vínculo a um sistema nacional de governo (como o dólar e o real, por exemplo), onde hoje a mais conhecida delas é a BitCoin – o empreendedor apresentou algumas vantagens e desvantagens desse mercado.


A liberdade de pagamento sem a necessidade de câmbio é uma das principais vantagens para os detentores dessa moeda, que ultrapassa fronteiras e governos e tem um mesmo valor em qualquer lugar do mundo. As moedas digitais também têm uma caraterística de exigir taxas mais baixas, ou até mesmo isentar os seus usuários. “Como todas essas movimentações ficam registradas no blockchain, teoricamente é possível auditar o movimento das criptomoedas”, destacou.


Entre as desvantagens, além da volatilidade e do grau de aceitação ainda muito restrito, o palestrante destacou o impacto ambiental gerado pelas criptomoedas no processo de mineração, que, de forma similar ao ‘mundo físico’, é o processo de busca me registro dos tokens na Blockchain. Esse processo exige o uso de supercomputadores e servidores potentes e, de acordo com a Época Negócios, as transações já consomem a mesma quantidade de energia que toda a Suécia. Em cinco anos, estima-se que a moeda virtual consumirá tanta energia quanto o Japão.


“Mas existe luz no fim do túnel”, afirmou Fortini. “Existem novas moedas surgindo que podem acabar com esse processo de mineração. A própria Ethereum, que é a segunda moeda mais popular depois do Bitcoin, está em vias de lançar o Ethereum 2.0, que vai reduzir drasticamente o impacto ambiental”, explicou.


No campo da Doação, Fortini trouxe, em sua apresentação, alguns exemplos de como organizações e iniciativas já estão implementando a ‘criptodoação’. Iniciativas de apoio humanitário para os afetados na guerra da Ucrânia, por exemplo, receberam mais de USD 20 milhões em criptomoedas, mostrando que existe um espaço para promover a doação e pessoas que estão dispostas a doar.


No entanto, o mercado das criptomoedas no Brasil ainda é bastante restrito a investidores e operadores do sistemas financeiros e os gamers, uma vez que cada vez mais jogos incluem essas transações em suas interfaces, para compra de itens e bonificação de seus usuários. Essa característica indica que o maior desafio do campo da Filantropia é encontrar as pessoas com esse perfil e dispostas a doar. “Com o avanço das criptodoações as ONGs que receberem esse tipo de doação terão que estar preparadas para analisar um pouco mais e entender os movimentos deste mercado”, avaliou o palestrante.


O próximo encontro da Comunidade do MCD acontecerá no início do segundo semestre do ano e será divulgado em breve aqui no blog do Movimento por uma Cultura de Doação.



Para saber mais:

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