Por Mayara Cabeleira, diretora executiva na Abrace uma Causa, voluntária na Casa do Povo e integrante do Movimento por uma Cultura de Doação.
Como uma das propostas do "Vozes MCD" é partir da nossa experiência prática para compartilhar com nossos pares ações, iniciativas que promovam a cultura de doação, logo pensei no nome de algumas campanhas que de alguma forma em que eu já estivesse envolvida - ora completamente imersa, ora somente como apoio operacional.
Fazer o bem não custa nada, há exemplos que posso citar: Via Solidária, Caminho do Bem, Forma quem Transforma, ABC Solidário, Todos pelo Bem, Juntos pela Vida, Faça a diferença, Anjo da Guarda, Estilo Solidário, Gente Que Faz , Juntos Somos Mais, Ingresso Solidário, Vias do Coração, Família Engaja, Somos Maiores que a Fome, Projeto Gratitude, Mina de Solidariedade, Casamento Solidário, etc… A lista é, felizmente, enorme!
Não estou trazendo esses nomes para mostrar quantidade, mas por me perceber questionando diante dessa lista a seguinte indagação: Ideias criam identidades? Ou identidades que criam ideias?
Essas perguntas parecem um pouco o velho e dispensável dilema “o ovo ou a galinha”. Mas não só, elas também podem nortear muitos aspectos da cultura de doação e pautar bons debates que tentarei elencar aqui para pensarmos enquanto movimento.
A execução de uma campanha de doação, por exemplo, costuma estar relacionada com algo que toda e qualquer pessoa pode ou não se identificar. Sendo assim, procuramos ter o maior número de ideias possíveis para testar formas com as quais as pessoas possam, em algum momento, se identificar - seja por apreço, desejo ou necessidade.
Mas criar uma identidade - aqui me refiro ao sentido publicitário mesmo, não ao sentido político - é fundamental para que novas ideias tenham espaço para florescer. Deste modo, tenho considerado como relevante sempre partir da realidade que temos diante de nós e, após bastante ruminar o cenário, hipóteses e teses, propor possibilidades de execução que vincule propósitos.
Na prática, estou me referindo à criação do próprio nome de uma campanha, a qual pode, a partir de uma identidade já existente colocar uma nova ideia no mundo. “Mina de Solidariedade”, por exemplo, é o nome da campanha de Natal de uma empresa de mineração preocupada em gerar impacto positivo na sociedade diante dos tantos impactos negativos socioambientais que essa mesma empresa gera.
Em tempos de ESG (eu ainda prefiro falar em responsabilidade social corporativa), impacto é a palavra da vez - o que me instiga outra reflexão: Impacto (positivo) gera influência? Ou influência é o que gera impacto?
Mas vou deixar essa reflexão para a próxima rodada do "Vozes MDC"!
Para finalizar essa aqui, convido os leitores para acompanharem as conversas e eventos que o Dia de Doar tem organizado e articulado na intenção de facilitar que empresas participem mais ativamente da iniciativa, estimulando colaboradores(as), fornecedores e clientes finais a doarem para causas com as quais essas empresas se identifiquem - outra vez, por apreço, desejo ou necessidade.
E, em celebração aos 10 anos do Dia de Doar no Brasil, ideias (e ferramentas facilitadoras) não faltam!!! Aqui deixo duas:
Para OSCs: convidem empresas que vocês tenham relacionamento para fazer uma campanha em seu apoio no Dia de Doar!
Para empresas: convidem as instituições que vocês já apoiam - ou estão buscando apoiar - para participarem da campanha Empresas do Bem!
… influências e impacto!
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