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MCD repudia nova CPI das ONGs

Atualizado: 9 de jan.

MCD divulga nota de protesto contra tentativa de instauração de uma CPI das ONGs, na cidade de São Paulo, com foco em organizações que cuidam de pessoas em situação de rua


NOTA DE REPÚDIO CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DE ONGS E DE SOLIDARIEDADE AO PADRE JULIO LANCELLOTTI


O Movimento por uma Cultura de Doação (MCD), grupo articulado com o propósito de fomentar a cultura de doação em nosso país, se posiciona veementemente contra a instauração de mais uma CPI das ONGs, pela Câmara Municipal de São Paulo, e clama para que essas práticas persecutórias operadas por atores políticos cessem, de uma vez por todas.


A atuação das Organizações da Sociedade Civil (OSCs), popularmente conhecidas como ONGs, tem colaborado historicamente com o Estado em ações de desenvolvimento social e econômico, permeando espaços e acessando indivíduos que, muitas vezes, estão invisibilizados e não têm suas necessidades básicas, primordiais à manutenção da vida, contempladas por políticas públicas.


A abertura de mais uma CPI das ONGs, agora em nível municipal na cidade de São Paulo, não é a primeira e, provavelmente, não será a última tentativa daqueles que têm interesse na manutenção dos abismos sociais, de criminalizar política e burocraticamente a luta empreendida pelas OSCs contra o desalento, a pobreza e a fome.


Doar-se ao outro, em uma sociedade que perpetra a cultura do individualismo a fim de fortalecer poucos privilegiados em detrimento dos muitos que são vulnerabilizados, é algo que muitos indivíduos que estão no topo da pirâmide econômica tentam combater.


Para que a dinâmica social e econômica seja saudável, particularmente para aqueles que estão hoje à margem, é imprescindível que os contextos de degradação da humanidade e civilidade sejam transformados positivamente. Esta é a missão de diversas OSCs e do Padre Júlio Lancellotti, que atuam com pessoas em situação de rua e drogadição na cidade de São Paulo.


As Organizações da Sociedade Civil têm força e potencial para continuar gerando impacto social positivo - exemplos robustos recentes são a intensa participação e, muitas vezes, a liderança das OSCs nos recentes contextos de crises pandêmica e/ou climática que temos vivido. Para a execução desse importante trabalho as OSCs batalham arduamente no cotidiano para mobilizar recursos financeiros por meio de doações de indivíduos e empresas, a fim de que ações sejam executadas e as OSCs tenham sua existência garantida.


O Terceiro Setor brasileiro participa com 4,27% do valor do PIB gerado no Brasil e contribui com a geração de 4,7 milhões de empregos (FIPE 2023.). E se este setor viceja é porque pessoas e organizações têm doado e presenciado os inúmeros e diversos impactos positivos gerados por uma extensa rede de solidariedade e cidadania ativa. Ações midiáticas e difamatórias, estritamente de caráter negativo e estigmatizante, como o jogo político de retórica da instalação da CPI em questão, geram danos reputacionais e de imagem a este importante setor da economia brasileira, e também maculam gigantescos esforços para a promoção de uma cultura de doação vibrante no país.


O Movimento por uma Cultura de Doação (MCD) acredita que, para o nosso país conseguir desenvolver plenamente seus potenciais, precisamos trabalhar juntos, cultivando a doação, a solidariedade e o engajamento de toda a sociedade em causas e projetos de transformação social e ambiental geridos e executados por OSCs. Nós temos um papel fundamental na gestão e execução de iniciativas de interesse coletivo e público, contribuindo para uma sociedade mais digna, justa, solidária e doadora. E isto, sim, deve ser valorizado, fortalecido e reconhecido pelo poder público.


Movimento por uma Cultura de Doação, 5 de janeiro de 2024.





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