Vem aĆ: o Doa.lab!
- culturadedoar
- 9 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 28 de mai.
Fernando do Amaral Nogueira, diretor executivo da ABCR e professor da FGV-SP, integrante do Movimento por uma Cultura de Doação é a Voz dessa semana.

Acabamos de receber uma doação de 10 milhões de reais para criar o primeiro Laboratório de Inovação da Doação no Brasil! Sim, você leu certo. Dez milhões. Um gesto ousado de confiança no poder da inovação social para transformar nossa cultura de doação.
Estamos celebrando esse marco com alegria, responsabilidade e uma visĆ£o clara: fazer da doação um hĆ”bito, uma prĆ”tica cotidiana, um motor de mudanƧa coletiva no paĆs. O Laboratório de Inovação na DoaçãoāDoa.labānasce para experimentar, provocar, testar e escalar novas formas de incentivar e fortalecer a cultura de doação no Brasil. Sempre com base em evidĆŖncias, colaboração e escuta ativa da sociedade.
Nossa missão:
Desenvolver e acelerar soluƧƵes inovadoras que tornem a doação uma parte essencial da vida das pessoas, das organizaƧƵes e das polĆticas pĆŗblicas no Brasil.
Algumas prioridades do nosso laboratório:
Comportamento do doador: entender o que move (ou trava)a doação no Brasil.
Tecnologia e acessibilidade: testar plataformas, meios de pagamento e experiências digitais que simplifiquem e incentive mas prÔticas de doação.
Narrativas e comunicação: cocriar novas linguagens e sĆmbolos que conectem emoção, pertencimento e impacto Ć cultura de doação. Para comeƧar bem, pensamos nestes programas:
Ciclos de Experimentação Aberta: Um programa de inovação aberta que reúne OSCs, designers, pesquisadores e desenvolvedores para cocriar protótipos de campanhas, plataformas e experiências de doação. Os experimentos serão testados com dados reais e abertos para que todos possam aprender com eles.
Painel da Doação: Uma iniciativa de pesquisa contĆnua sobre o comportamento do doador brasileiro, com foco em dados e tendĆŖncias. Sem competir com o que jĆ” Ć© feito, claro! Vamos produzir conhecimento que ajude comunicadores, ativistas e organizaƧƵes a se conectarem melhor com diferentes perfis de doadores.
Ecossistema Vivo: Uma rede de articulação entre filantropia, OSCs, empresas e governo. Queremos criar pontes para apoiar inovaƧƵes sistĆŖmicas. Isso inclui melhoria de incentivos fiscais, sistematização e abertura de bases de dados sobre doaƧƵes e financiamento das OSCs e atĆ© polĆticas pĆŗblicas que facilitem e ampliem a doação.
Quem vai fazer isso acontecer?
Inovação nĆ£o Ć© feita só de ideias: Ć© feita de gente. Para compor o time do laboratório, estamos buscando talentos diversos, com formaƧƵes e trajetórias complementares, dispostos a cocriar soluƧƵes em um ambiente experimental, orientado por impacto e aprendizado contĆnuo.Ā
Algumas especialidades e perfis que imaginamos como essenciais:
Designers de serviƧo e experiĆŖncia do usuĆ”rio(UX):para desenhar jornadas de doação mais intuitivas, acessĆveis e encantadoras.
Pesquisadores sociais e comportamentais: com domĆnio de mĆ©todos qualitativos e quantitativos, capazes de interpretar dados, ouvir as pessoas e traduzir isso em estratĆ©gia.
Profissionais de tecnologia e dados: com foco em desenvolvimento de protótipos, automação, anÔlise e visualização de dados.
Especialistas em comunicação e narrativa: para construir campanhas e narrativas que toquem o coração, mobilizem e inspirem.
Articuladores de redes e inovação sistêmica: com habilidade de conectar setores, facilitar processos colaborativos e criar alianças improvÔveis.
Pessoas com experiĆŖncia prĆ”tica no campo da doação: sejam da filantropia, das organizaƧƵes da sociedade civil ou de movimentos comunitĆ”rios.Ā
Mais do que diplomas, buscamos curiosidade, escuta ativa, espĆrito colaborativo e vontade real de transformar a forma como o Brasil doa.Ā
Se esse cenƔrio parece ambicioso... Ʃ porque ele Ʃ.
Mas falta um detalhe um pouco chato: essa doação de 10 milhões de reais ainda não aconteceu. Não chegou. Ainda. Mas por que não sonhar como se jÔ tivesse acontecido? E se mais gente se inspirar a criar algo parecido... como diz o meme recente, primeiro a gente começa, depois melhora!
Temos (quase) tudo para comeƧar. Bora?


